Tirania Financeira
É muito importante compreender os mecanismos que regem o sistema financeiro internacional nos dias de hoje. Infelizmente, não é possível resumir o assunto.
- Como é criado o dinheiro?
- Como funcionam os bancos?
- Por que existe pobreza e miséria?
- Qual a importância da corrupção?
- Por que existem as guerras?
- É possível compreender as crises econômicas?
- A escassez é real? Ou existe uma abundância de recursos que é restringida por regulações que concentram renda e poder?
A questão financeira me desperta muito interesse. Ao longo dos últimos anos, pesquisei bastante sobre o assunto.
Hoje, na era da internet, é muito fácil obter informações que há pouco tempo exigiriam um bocado de esforço. Por exemplo… qual o orçamento do governo brasileiro para o ano 2014? Num piscar de olhos, através de uma simples pesquisa, obtemos desde os documentos oficiais até comentários em noticiários e blogs. Certamente, discernimento é requerido para separar o joio do trigo entre fatos, opiniões, boatos e mentiras. Devido à facilidade de se publicar na internet, encontramos material de todos os níveis de qualidade e fidedignidade.
Eu tenho um profundo anseio em compartilhar tudo que aprendi. É possível achar respostas para as questões lançadas. Mesmo que falte uma compreensão mais profunda, é possível sim compreender a essência do modus operandi do mecanismo que atualmente está em funcionamento no mundo, hoje.
Estar ciente do histórico de como este quadro veio a se formar é fundamental para essa compreensão. Por isso, um dos melhores materiais para esse entendimento é o documentário entitulado “Os Mestres do Dinheiro” (The Money Masters). É uma excelente aula de história com três horas e meia de duração. A qualidade das legendas em português deixa muito a desejar, mas ainda assim vale muito a pena:
Temos aí uma excelente aula inaugural de um curso que pode ir muito, muito mais além!
A cada dia que passa mais conteúdo didático é disponibilizado, promovendo conscientização e explicando a situação. Esse conteúdo já é abundante na língua inglesa. Infelizmente, ainda existe pouco material em português. A qualidade das traduções é sofrível. E muitas vezes o conteúdo aparece em sites de credibilidade questionável. Eu sinto vontade de traduzir parte desse conteúdo para o português – é fascinante! E é importante.
Porém, por mais que eu seja tentado a me fixar na análise e comentário do sistema que atualmente governa as finanças, meu interesse maior é outro.
Liberdade Financeira
O estudo nos permite entender a natureza do sistema financeiro atual, e as ligações entre corrupção, guerras, pobreza, controle da criação do dinheiro, o papel dos bancos e governos nas crises econômicas, e o fato contundente de que, efetivamente, a escassez atual é engendrada, quando todos poderiam usufruir de uma plenitude de recursos – a qual é tiranicamente restringida por regulações que concentram renda e poder.
Esse estudo e essa compreensão são fundamentais. O meu interesse maior, no entanto, é em vislumbrar um outro sistema em funcionamento.
Temos no sistema bancário atual ferramentas que dão suporte à injusta concentração de renda e à “escravidão disfarçada” em operação hoje.
Um outro sistema financeiro, uma economia operando de maneira diferente e apoiando outros princípios é possível?
A resposta certamente é SIM, claro que sim!
Não somente é possível, como também necessário e imprescindível para que haja a reversão da tendência atual, que é insustentável e culmina na extinção dos recursos naturais que sustentam a própria vida no planeta. Quando o lucro e a ganância falam mais alto do que a vida e a moralidade, o resultado é o que podemos testemunhar hoje: vale derrubar florestas, poluir rios e construir usinas nucleares, se houver lucro a curto prazo – mesmo que coloque em perigo a própria sobrevivência.
Quando descobrimos que é o design do sistema que promove e sustenta a competição e o consumo exacerbado – sacrificando o futuro em prol de ganhos imediatos – começamos a compreender e vislumbrar modos alternativos de articular e operar a economia.
Assim o meu foco de atenção e interesse passou a ser o desenvolvimento de um novo sistema bancário, que ao invés de dar suporte à atual tirania financeira, possa promover a liberdade financeira.
Com a mudança no foco da pesquisa – de “compreender o sistema atual” para “empreender um novo sistema”, passei a tomar conhecimento das iniciativas existentes.
NESARA
Se já podemos encontrar muitos insights e explicações sobre o sistema atual, por outro lado quase não encontramos soluções. Ao compreender o mecanismo atual e analisar os seus defeitos, ficamos sabendo como ele não deve funcionar, porém a resposta a como deve funcionar é muito vaga, esparsa.
Como uma exceção, temos o NESARA – National Economic Stabilization and Recovery Act ou “Ato Nacional de Estabilização e Recuperação Econômica”.
O NESARA se apresenta como uma proposta claramente formulada, com começo, meio e fim, e disponível publicamente como um documento, num formato passível de ser “aprovado pelo governo” (norte-americano). A proposta do NESARA foi criada no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Seu autor, Harvey Francis Barnard, faleceu em 2005.
Estudando a proposta, logo fica evidente que as suas intenções e propósitos são maravilhosos e louváveis! Porém, na minha opinião, NESARA não é a resposta efetiva por vários motivos:
- Trata muito especificamente do cenário dos Estados Unidos;
- Requer uma adoção top-down, ou seja, depende que o governo o adote e implemente (sendo que eu acredito numa solução bottom-up, isto é, que seja primeiro abraçada pela população e comprovada a sua eficácia, para apenas num passo posterior ser oficializada);
- O documento é relativamente longo (88 páginas) e excessivamente técnico, dificultando a sua compreensão e restringindo deveras a possibilidade de um debate público sobre o mesmo;
- A sua autoria é de uma única pessoa; a leitura revela uma mistura de boas ideias com algumas idiossincrasias.
Além disso, há outros problemas:
- A proposta foi indevidamente vinculada a assuntos que originalmente não tinham conexão com a mesma: desde contatos extraterrestres até supostas canalizações de Mestres Ascensionados da Fraternidade Branca;
- Por ser de difícil compreensão, por ter sido anunciada como a solução definitiva, e por ter sido aceita por alguns como sendo essa solução (meramente pela força do anúncio), NESARA de certo modo travou a discussão sobre o assunto financeiro.
Percebe o problema? Muitos apenas repercutiram, repetindo e anunciando o NESARA como sendo a solução para os problemas econômicos, mas ficando somente no aguardo de sua implementação, passivamente, e desse modo cessando o esforço direcionado à elaboração de outras possíveis alternativas, propostas e soluções – ou mesmo novas versões aprimoradas.
Em artigo de Nancy Detweiler, o NESARA é louvado como sendo efetivamente a lei que irá mudar o rumo da história no planeta! Eu não descarto qualquer possibilidade. Ao mesmo tempo, não pretendo cessar o estudo e o vislumbre de outras alternativas por causa disso.
Ficar passivamente esperando o NESARA não contribui para melhorar a situação.
Definitivamente, há amplo espaço para investigação e ação, e não é necessário um diploma de economia para agir. (Na verdade, um diploma de economia é um atestado de ter sido doutrinado em ideias que não funcionam, mais do que qualquer outra coisa.)
Bitcoin
O fenômeno do Bitcoin dá muito o que pensar. Enquanto eu preparava este artigo, a revista Exame publicava sobre o assunto.
O Bitcoin é uma moeda digital, um dinheiro que nasceu e cresceu na internet. Surgiu em 2008 e gradualmente expandiu sua presença, sendo primeiramente aceito como forma de pagamento em algumas lojas virtuais, mas sendo cada vez mais aceito no comércio em geral.
O Bitcoin não é controlado por nenhum governo ou banco central. Se a sua ideia fosse descrita ou anunciada antes da sua implementação, quer dizer, antes de se tornar realidade, pareceria um mero devaneio ou loucura para a grande maioria. Porém, o que vemos hoje é uma valorização e expansão cada vez maior dessa moeda que nasceu virtual.
É também um fenômeno bottom-up, no sentido de ter começado a partir da iniciativa de um programador, adotado por um círculo restrito, e que gradualmente foi se ampliando, na medida em que o conceito provava ser eficiente. Ou seja, não foi algo imposto “de cima para baixo”, a partir de um governo ou outra instituição central.
Dessa maneira, o Bitcoin prova que não convém se sentir impotente para criar algo novo, inventar uma alternativa ao sistema que aí está. O Bitcoin mostra que não somente é possível trazer mudança, mas também que as pessoas estão querendo uma opção que as liberte das algemas opressoras da atual “ditadura bancária”.
Nesse sentido, no universo da informática, o sistema operacional Linux é outra demonstração do mesmo padrão: uma iniciativa individual, que recebeu o apoio de um grupo, o qual foi se expandindo… até se tornar um movimento que transformou radicalmente a indústria do software, e por que não dizer, o rumo da História!
Bancos Comunitários e Moedas Sociais
O Banco Palmas foi fundado em 1998. Hoje, mais de 15 anos depois, a trilha que abriu como pioneiro, o caminho que já percorreu, e a estrada que tem adiante são excepcionais. Desde 2002, a moeda social Palmas circula na região do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, Ceará.
Moedas alternativas, de circulação restrita a determinado local ou comunidade, com regras de funcionamento diferenciadas (notadamente a ausência de “juros”), são um elemento comum a vários esforços de implementar uma economia alternativa, no Brasil e no mundo. Através de pesquisa, encontramos histórias de fracasso bem como de tremendo sucesso na implementação de moedas locais.
O mérito do Banco Palmas é estruturar e solidificar uma história de sucesso, onde não há conflito entre a operação da moeda social e os demais agentes da economia tradicional.
Em 2005, a Secretaria Nacional de Economia Solidária firmou uma parceria com o Banco Palmas para difundir bancos comunitários em outras localidades.
Com um governo federal voltado ao social, a abertura às iniciativas da Economia Solidária vêm frutificando, e hoje já temos mais de uma centena de bancos comunitários no Brasil – operando de forma legalizada, não só amparada pela lei como também fomentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Notavelmente, uma delegação do governo da Venezuela, incluindo o então Ministro da Economia Popular daquele país, veio em 2004 observar a experiência brasileira de economia solidária e fechar parcerias nesta área. Algum tempo depois, o governo venezuelano convidou a direção do Banco Palmas para ir a Caracas, onde deve ter havido a transmissão da metodologia de desenvolvimento comunitário do Banco Palmas aos representantes do poder público daquele país. Em 2009, a Venezuela já tinha nada menos de 3.600 bancos comunitários. (fonte: Finanças Solidárias e Moeda Social – Paul Singer, 2009)
O que tais empreendimentos revelam são a viabilidade e o sucesso em operar um sistema de trocas baseado em satisfação das necessidades (necessidades básicas, reais) ao invés da maximização dos lucros.
A implementação de uma economia local, com gestão comunitária, focalizada no desenvolvimento social, através de ferramentas como a moeda social e o banco comunitário e dos princípios da economia solidária é um evento ainda “marginal”, com pequeno destaque e desconhecido da maioria da população. Todavia, inspiram caminhos promissores com histórias reais de sucesso. Princípios essenciais de um Novo Sistema estão aí.
Na medida em que a experiência for mostrando as receitas e ingredientes que dão certo, bem como os perigos e erros a evitar, e um corpo de conhecimento mais amplo mais prático continuar se formando, vamos ter uma fundação sólida na qual basear experimentações futuras mais abrangentes, em maior escala.
No final de 2013, a moeda social Mumbuca foi lançada no município de Maricá, Rio de Janeiro. É a primeira moeda social eletrônica do país (todas as transações são por cartão – não há notas impressas em papel). Conforme noticiado no site do Banco Palmas:
É uma das maiores inovações no Campo das Finanças Solidárias e um dos mais criativos programas municipais de distribuição de renda nos últimos 10 anos no Brasil.
Embora possamos testemunhar novos mecanismos financeiros em ação nos bancos comunitários, penso que sua importância maior está em apontar o caminho. Eles ilustram e validam na realidade como algumas práticas dão resultados concretos. Não é somente teoria.
Com essa experiência e esse histórico, temos fundação e aval, temos suporte para alavancar projetos cada vez melhores nesta direção.
O fato é que o diferencial fundamental, certamente, é na esfera ética/moral: a tal da “solidariedade”. A priori, ninguém se propõe a levantar um banco comunitário com fins lucrativos. É a necessidade da comunidade empobrecida que é satisfeita por uma instituição desse gênero.
Uma economia local, auto-gerida pela comunidade, visando ao seu próprio bem-estar é algo completamente diferente de uma economia “alienígena”, que chega e se instala, suga as riquezas locais, e as remete para o outro lado do planeta – sem chance de se fazer nada contra o abuso, a não ser submeter-se.
Economia Sagrada
Eis que para minha surpresa e profunda satisfação, minha pesquisa culmina na descoberta da obra de Charles Eisenstein. Minha ansiedade em relação ao assunto econômico terminou quando encontrei seu livro “Economia Sagrada”.
Profundo conhecedor dos detalhes e complexidades dos modelos teóricos mais proeminentes no campo acadêmico da Economia, sem negligenciar o valor das contribuições que outras ciências e culturas ao redor de todo o planeta podem oferecer – da Física Quântica à Ecologia, dos nômades aos indígenas, da Sociologia à Psicologia. Com uma visão extremamente clara, integral e crítica sobre a narrativa que a História costuma tecer a nosso respeito, e com a capacidade ímpar de traduzir seu pensamento de maneira brilhante, simples e coerente ao escrever, Charles Eisenstein destaca-se como o autor e pensador atual que conseguiu conectar todos os pontos de maneira completa e correta, no que se refere ao significado do dinheiro e sua utilização.
Em seu livro Economia Sagrada, Charles Eisenstein não somente descreve na perspectiva mais acertada a atual crise e seu futuro (e inevitável) desenvolvimento, bem como apresenta uma série de soluções práticas, pontuais e realizáveis. O que é extraordinário e entusiasmente é que as soluções são conclusões científicas e magnificamente certeiras. É um alívio e uma alegria tomar conhecimento de que o “conserto” do lastimável cenário em que a economia mundial se encontra – em termos práticos, é tão… simples!
A busca pela resposta terminou.
Charles Einsenstein já fez o trabalho mais difícil para todos nós. Bem… não sei se é o mais difícil ou não; sei que eu me prostro com reverência perante a sua capacidade intelectual e brilhantismo em destrinchar a complexidade do assunto em seus elementos básicos e apresentar os remédios acertados para cada sintoma.
Imagine que a “economia” vai ao “médico”, que a “examina”, faz o “diagnóstico”, e dá a “receita”. Em Economia Sagrada, Charles Eisentein nos fornece esse “diagnóstico” e essa “receita”.
Agora, com a receita em mãos… o que vamos fazer? Vamos seguir? Tomar o medicamento conforme prescrito? O próximo desafio é tirar a receita do papel e implementá-la.
Não é pequeno esse desafio…
Primeiro, é preciso tomar conhecimento da obra. Segundo, é preciso compreender e concordar que suas propostas correspondem efetivamente às medidas que precisam ser tomadas. Terceiro, é preciso ter o poder, a autoridade e a competência em se implementar as medidas sugeridas. E, por fim, é preciso efetivá-las na realidade, executando-as.
Eu estou aguardando a disponibilização da tradução da obra em português (em andamento), para iniciar um grupo de estudos, aqui em Uberlândia. Na sequência de passos, como vimos, a educação/instrução é o começo. Assim nos capacitamos e passamos a influenciar quem tem o poder de colocar as mudanças em prática.
Essa obra exerce um poder mágico de tremendo otimismo em mim – mesmo sendo extremamente objetiva e realista em suas considerações sobre o calamitoso estado atual das forças, digamos, “ignorantes” que governam o mundo.
Essa magia vem da contemplação da beleza do que pode ser criado a partir do momento em que – pelo amor ou pela dor – a lição da não-separatividade de tudo for aprendida, a ponto de ser refletida até mesmo nas práticas financeiras.
Se por um lado o aspecto racional/intelectual do homem desenvolveu-se de forma admirável, por outro lado o aspecto moral/espiritual ficou em estado “atrofiado” ou infantil. É necessário compreender que a derrota do outro é seu próprio fracasso, e a vitória do outro é também o seu próprio sucesso.
Esse é o tipo de conhecimento que uma pessoa cega pelo materialismo nunca irá possuir, permanecendo envolta em seu “véu de trevas” até o fim de seus dias. Felizmente, se do macaco chegamos ao homo sapiens… basta essa evolução prosseguir mais um pouco para que essa visão primitiva que o (quase) “homem” tem hoje torne-se coisa do passado.
Porém… eu estou sendo injusto com o livro. Se o meu discurso assumiu o tom de “lição de moral”, o livro Economia Sagrada não é assim: ele satisfaz altos requisitos acadêmicos, analisa com objetividade e em detalhes as questões técnicas de como trazer a atual economia – frenética e psicopática por lucro e crescimento – para outra economia – humana e respeitosamente a serviço do planeta e de seus habitantes.
É fabuloso, e superior a tudo o mais que encontrei!
Portanto: a solução já está aí.
Assim como temos outra medicina, outra alimentação, outros meios de gerar eletricidade, temos até mesmo motores movidos à água… enfim: temos verdadeiramente outro mundo e outra cultura já prontos nos bastidores e esperando sua vez de entrar em cena… Temos também outra economia!
Enquanto o show da ganância e do egoísmo com que os negócios são conduzidos atualmente perdurar, a cada “ensaio” que essas realidades alternativas fazem nos bastidores, elas vão se aperfeiçoando e amadurecendo. Em seu devido tempo, a atual “apresentação” irá terminar, dando espaço para um novo espetáculo começar.
Minha Contribuição
Eu sou programador de computador. Atualmente, desenvolvo aplicações web usando tecnologias de ponta. Que ponta? Utilizo versões das novidades que nem sequer foram lançadas ainda, pois acompanho o desenvolvimento do próprio código open source daquilo que vai ser lançado amanhã! Graças a Deus, me comunico em inglês sem dificuldade.
Já tive (e tenho) a honra e o privilégio de trabalhar para causas humanitárias, utilizando essa tecnologia em prol de objetivos nobres. O slogan deste blog, “Amor e Tecnologia” refere-se justamente à utilização dos avanços tecnológicos de maneira humanitária.
Sinceramente falando, enquanto eu pude, voluntariei 100% do meu tempo em serviços dessa natureza. Não estou brincando, nem exagerando.
Em relação a uma nova economia, tenho muitas ideias e projetos em mente. Esbocei algumas delas: starving.com – uma aplicação web cujo objetivo é fazer chegar alimento a quem está em condição de miséria absoluta; IOCR (Ideia, Orçamento, Captação, Realização) – outra aplicação web, que é uma ferramenta para gerenciamento de projetos humanitários, com foco no fluxo de recursos financeiros para a realização eficaz e verificável das ações; Sanjeevini Online – transformando dispositivos móveis em aparelhos de cura radiestésica…
…e, principalmente, penso muito em um novo sistema bancário – um novo software para rodar em bancos, tanto internamente quanto na web, abrangendo desde a experiência do usuário em dispositivos móveis até o banco de dados das transações…
Considere tudo o que foi mencionado anteriormente: NESARA, Bitcoin, Moedas Sociais e Bancos Comunitários (LETS), Economia Sagrada… minha paixão é fazer o design e a implementação tecnológica – especificamente a parte de T.I. (Tecnologia da Informação), ou seja, o software, de 1ª qualidade, para operacionalizar todo esse ideal.
Em minha criatividade, também imagino jovens utilizando seus dispositivos móveis para ações sociais dirigidas por um sistema (uma aplicação web, sim, distribuída e em tempo real, usando geolocalização) com fortes componentes de gamificação, UX de 1ª categoria (top notch), numa plataforma altamente transparente (open source), possivelmente mantendo a própria base de dados aberta (para leitura). Uma plataforma como essa precisará ser gerida por uma instituição já existente ou especialmente criada para esse fim (seja governamental, ONG, OSCIP, Fundação, ou outra modalidade).
As atuais formas em que as transações financeiras acontecem, no meu olhar, são obsoletas. São primitivas – tipo do homem das cavernas… aquele que fricciona um pauzinho no outro a fim de obter fogo. É assim ultrapassado o sistema que atualmente usamos, da perspectiva tecnológica.
Em suma: eu me sentiria verdadeiramente realizado em utilizar meus talentos em seu máximo potencial – desenvolvendo software de ponta para ampla utilização e com finalidade humanitária/social, engajando a população “dos 8 aos 80” em atividades nobres, produzindo e fazendo a produção fluir de maneira ótima – de onde os recursos abundam para onde os mesmos recursos são necessários – seja água potável, seja alimento, seja roupa, seja dinheiro, seja o que for. Em especial, gostaria de escrever o software para operacionalizar as finanças de um “Banco 2.0” – um banco a serviço da sociedade, e não do lucro pelo lucro.
Pensamos em software para entretenimento, para trocar mensagens, para automatizar ou facilitar processos que já existiam anteriormente. Não estamos acostumamados a pensar em software como uma ferramenta criadora de novas realidades.
Com certeza o potencial social do software é um campo virgem, inexplorado. Das start-ups (empresas novas e inovadoras) aos “dinossauros” (empresas grandes e tradicionais), o foco é comercial, de maximização de lucros. Não há investimento, suporte, ou apoio para pesquisa e inovação nessa área, de “engenharia de finanças comunitárias” suportadas por aplicações distribuídas.
Quando essa minha parte “visionária” entra em ação, fico facilmente empolgado, entusiasmado e motivado. Essa tecnologia pode ser colocada em movimento para engajar, por exemplo, crianças plantando hortas! Num espírito de “jogo”, buscando conquistar pontos e passar de “fase”. O potencial é imenso, mas não vejo nada sendo desenvolvido nessa direção. Vejo todos querendo ser o “próximo Facebook”, em termos de sucesso, com a ambição de ficar milionário o mais rapidamente possível.
Certamente exagerei no parágrafo anterior. Com certeza existem muitas aplicações em software com intenções nobres também, sem que o único intento seja o lucro. O fato é que ainda não tomei conhecimento de nada parecido com o que imagino.
Considerações Finais
Há muito o que se aprender e se surpreender quando vamos compreendendo a lamentável história de nossa realidade econômica atual. Por exemplo, quando nos conscientizamos que as guerras mundiais, com suas matanças de homens, mulheres e crianças inocentes, foram realizadas basicamente como grandes negócios lucrativos.
Mas de que adianta ficar contemplando com microscópio um organismo canceroso? Essa compreensão é muito importante, mas não resolve nada.
Por isso, desde o NESARA, incluindo o Bitcoin, bem como Moedas Sociais e Bancos Comunitários, o espírito da Economia Solidária e a sabedoria da Economia Sagrada, entre outras iniciativas que não foram mencionadas, temos esforços em todo o planeta para construir uma outra estrutura econômica.
Uma economia onde o maior valor é o ser humano. Que não seja baseada na ganância e na avareza.
Expressei a minha paixão em contribuir com minha experiência profissional numa parte específica e inexplorada dessa questão: construir sistemas em software que sirvam de ferramentas úteis e práticas nessa construção, fomentando, gerando e suportando uma “onda de serviço global” que vise a despoluir e restaurar os estragos já infringidos ao nosso planeta Terra e sua população, trazendo mais equilíbrio, harmonia e prosperidade.
É muito importante frisar que TODOS os pontos tocados neste artigo foram abordados de maneira extremamente superficial. Qualquer expert em reserva fracionária, NESARA, Bitcoin, Economia Solidária ou conhecedor da obra de Eisenstein saberá que eu meramente arranhei a superfície de cada um desses assuntos. Apenas mencionei suas existências com uma breve sinopse. Apenas compartilhei uma listagem de pontos da trajetória de minha própria pesquisa, deixando muita coisa de fora.
Da mesma forma, apenas anunciei a existência de projetos e ideias próprias que eu gostaria de desenvolver, sem aprofundar nem detalhar nada.
Eu não sei o que o futuro reserva. Estou muito feliz neste momento de estar finalmente conseguindo concluir este post. Obrigado por ter lido. Comentários gentis e construtivos são bem-vindos. Escreva e envie o seu comentário, abaixo.
Loka Samastha Sukhino Bhavantu – “Que todos os seres, de todos os mundos, sejam felizes.”
Até a próxima.